terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Homenagem ao político

Assim como sentimos saudade de Sarney e até diria da ditadura pela censura política, há de se admitir a falta da malandragem carioca. Hoje é comum CPI, é Comissão de tudo, cartão, ambulância, silicone, só falta mesmo a minha CPU interpretar e entendê-las já que todas para mim significam pizza.

Em tempos de nova malandragem, há a lei a qual exige o analfabetismo para os cargos eletivos de presidentes, diretores, secretários e superintendentes. Na verdade, como toda brasileira, desconheço a legislação em vigor, mas cito a proposta lei, devido à recordação de várias justificativas a respeito da não leitura de documentos nos quais constavam as assinaturas, ou melhor, os polegares de políticos corruptos.

Desta moderna fase, Primavera não se safa: temos vice-prefeito que se declara contrário ao prefeito assumindo o cargo por trinta dias e fazendo festa na imprensa, sendo que nos bastidores sabemos que ele nem recebe as pessoas pois alega que decisões serão tomadas somente após a volta do coronel.

Leitores, perdoem o rápido desabafo. Fiquem com o Chico e sua Homenagem ao Malandro..... de 1978, sendo a mesma muito atual.

Eu fui fazer um samba em homenagem
à nata da malandragem, que conheço de outros carnavais.
Eu fui à Lapa e perdi a viagem,
que aquela tal malandragem não existe mais.
Agora já não é normal, o que dá de malandro
regular profissional, malandro com o aparato de malandro oficial,
malandro candidato a malandro federal,
malandro com retrato na coluna social;
malandro com contrato, com gravata e capital, que nunca se dá mal.
Mas o malandro para valer, não espalha,
aposentou a navalha, tem mulher e filho e tralha e tal.
Dizem as más línguas que ele até trabalha,
Mora lá longe chacoalha, no trem da central



Nenhum comentário: