domingo, 10 de fevereiro de 2008

Caminhos Cruzados

“Se eu demorar uns meses, convém às vezes você sofrer, mas depois de um ano eu não vindo, põe a roupa de domingo e pode me esquecer”. Chico Buarque.
Estava buscando informação na página de um site assim como se busca compreender o comportamento humano vendo Big Brother. Puro comportamento de “alemoa” teimosa, que já sabe que nada encontrará. Chega até ser burrice! Bom, buscando informação encontrei um link “Você já esqueceu seu ex?”
Impossível não pensar sobre o assunto, ainda mais para mim que tive um primeiro amor, daqueles de cinema, inocente, intenso, nada platônico (real), puro e infinito (ao menos enquanto durou). É sobre ele e o segundo amor, aquele que quase ninguém fala e que eu ainda não conheço, que este texto tratará.

O término de uma relação é mais ou menos como o falecimento de alguém principalmente quando se amou, já que o amor não se finda. A presença material da pessoa é retirada bruscamente de nossas vidas e o ser humano nunca conseguiu lidar com o nunca mais, o que torna difícil separa-se de pessoas, assim como do cigarro. È nesse momento que a pessoa se esforça, emagrece, muda de hábitos, toma fluoxetina, sofre, sente dores e se acalma. Acalmam-se uns com um novo amor, outros com muitos e alguns sozinhos.

Se fossemos buscar o equilíbrio tão almejado, das três opções a mais adequada seria um novo amor. Nem o sentimento de “Socorro eu não estou sentindo nada”, nem a vingança de Olhos nos olhos de Chico. Como acredito que o ideal seja não esquecer o antigo amor, afinal ele é parte de sua história, desaconselho quaisquer das alternativas anteriores. Se amar e preparar o caminho para a solidão ou para um novo relacionamento, de forma que ambas as possibilidades trarão felicidade. É complexo, mas possível estar aberto ao novo amor sem ignorar a felicidade advinda do anterior. Não esquecer os erros e sim, evitá-los a todo custo. Conviver com a lembrança desacompanhada de culpa, de vingança, de rancor, de raiva e esperar que outra pessoa, preferencialmente alguém que também convive com essa lembrança, cruze seu caminho ou não.
O vídeo mostra Caetano cantando Caminhos Cruzados de Tom Jobim no show do disco Noites do Norte Ao Vivo (o qual eu recomendo)

2 comentários:

Zandor Tat disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zandor Tat disse...

"Mas o pior não é não conseguir
É desistir de tentar
Não acredite no que eles dizem
Perceba o medo de amar"

;)

Felicidades sempre!