terça-feira, 18 de setembro de 2007

Meteoros, políticas e outras catástrofes

Devo admitir que me tornei política, mesmo que tenha afirmado que não para muitas pessoas recentemente. Chocante essa afirmação, mas depois de uma auto-análise cheguei à conclusão: faço trabalhos sociais, tenho a tal da rede de relacionamentos, entre outras características.

Mesmo não sendo filiada em nenhum partido e não me candidatando a nada admito que, aprendi um pouco, a articular: sou oposição assumida e trabalharei na próxima campanha eleitoral. Mas o que me preocupa é por que os atuais políticos não se descrevem como tal. Em conversa com um senhor, que esteve na minha casa me convidando para participar de uma convenção partidária, ele (após uma hora de conversa sobre eleições, votos e futuros candidatos) bateu no peito e disse: EU NÃO SOU POLÍTICO!

Não sei o que anda acontecendo com a classe: ninguém mais se assume. O bonito é dizer que não é político, que não participa da sujeira, não usa óleo de peroba, coisa e tal. O que mais me tem feito sentir asco ultimamente são os tais "Pactos pela Governabilidade". Estes, que são a união de pessoas "apolíticas" em nome do bem-estar social, estão cada vez mais se intrometendo no que denominam mundo corrupto e permitindo que a democracia não seja colocada em prática. Aconteceu em Primavera e agora em Brasília para absolvição de Renan Calheiros.

Já que os políticos estão em extinção nos resta esperar que surja um super-homem de Nietzsche. O super-homem do filósofo seria gerado, através da vontade de poder, manifestada destrutivamente pela rejeição, rebeldia e rebelião contra velhos ideais e códigos morais; através também da vontade de poder, manifestada criativamente em superar o niilismo e em reavaliar ideais velhos ou em criar novos e enfim, de um processo continuo de superação.

Como não acredito que a humanidade, principalmente os brasileiros, esteja criando culturalmente um ambiente favorável à este tipo de super-humano, passei a esperar que tenhamos um herói para nos salvar da situção política atual. Assim como o super-homem veio de Kriptônia, quem sabe o salvador político da America Latina tenha chego com o meteorito que caiu no Peru no último domingo?

Vamos rezar!!!!!!!!

domingo, 9 de setembro de 2007

Sete de Setembro - Parte II

  • Em Sete de Setembro comemoramos a Independência do Brasil, que normalmente aparece nos livros com uma imagem de Dom Pedro I empunhando a espada e gritando “Independência ou Morte”.

    Todos nós sabemos que isso não é verdade e que o que houve foi que, depois de um agosto de desgosto, Portugal enviou a notícia em 02 de setembro e que a mesma apenas chegou ao imperador em Sete de Setembro de 1822 em forma de papéis e não de cavalos, espadas dragões. Alguns culpam os correios de incompetência até hoje!

    Para registrar a história sob minha ótica, afinal o blog não deixa de ser uma espécie de diário, confirmo:

  • Em 2007 não houve chuva em Pva do Leste, nem desfile para mim, afinal não mais sou professora nem estudante;
  • Brasília esperava 40 mil pessoas, mas não conseguiu o número de 25 mil. A oposição alega que o presidente Lula perdeu o carisma;
  • Lula posou para fotos em uma moto estilizada feita por americanos que homenageia Brasília e os 100 anos de Niemeyer;
  • Renan não compareceu e o presidente ignorou o repórter que o questionou sobre a presença do mesmo que terá processo de cassação na segunda-feira;
  • Em Maceió, policiais civis e médicos em greve, protestam e impedem o tradicional desfile. O governador, obrigado a descer do palanque, moverá ação civil pública contra os manifestantes;
  • Muitos acidentes graves e estradas congestionadas em todo o país;
  • Por incrível que pareça, os aeroportos brasileiros registram atraso em apenas 12,8 % dos vôos;
  • A aeronáutica levantou vôo nos seus caças sucateados que só se movimentam para aparecer na novela da Globo ou para esta data;
  • Hoje 09 de setembro está sendo comemorado o Brazilian Day em N.Y e a Seleção Brasileira de Futebol ganhou dos americanos em Chicago;
  • Eu acampei durante o feriado.
Hino da Independência
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;

Sete de Setembro - Parte I

Chegamos a Sete de Setembro. Desde que moro em Mato Grosso o que mais me atrai neste feriado é porque sempre chove, ou melhor, quase sempre. O problema é que este ano não teve nem nuvem e a previsão de um pouco de água (menos de 10 mm) é apenas para a segunda quinzena. Embora o mês do desgosto tenha acabado ainda estamos enfrentamos a seca, que acredito ser a pior de todos os anos.

Por que mês do desgosto? Pesquisando, descobri que não são apenas os mato-grossenses sofridos com a seca que o consideram um mês de azar, e sim praticamente o mundo inteiro. Encontrei a origem do agosto: homenagem ao imperador romano Augusto. Em relação à origem do desgosto, nada na internet. Mas fiquei sabendo também que as mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, época em que os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva, daí a origem brasileira da lenda. Já as “alemoas” têm como agosto o mês das noivas. Na Argentina, não é aconselhável lavar a cabeça durante todo o mês de agosto, pois isto significa chamar a morte.

Por que da seca intensa? Acredito que o desmatamento da Amazônia, cada vez maior, aliado a essa bagunça toda que está ocorrendo no mundo nos assuntos ambientais como superaquecimento e outras “cositas”. Meu maior medo é a desertificação, imaginar esse Estado que tanto amo deixando de ser Cerrado e se transformando em mais um Nordeste Brasileiro. Apenas para lembrar: quando era criança as duas coisas que mais me chamavam atenção aqui eram: ser tudo retinho (planície) e ver as nuvens e a chuva se aproximando.


A curto prazo o maior problema é que, se o período da seca se tornar cada vez menor, muito mais se inviabilizará o cultivo da soja, nossa moeda de maior valor na região. O meu pouco entendimento do assunto preocupa-me em três principais pontos: haverá cada vez menos tempo para que se complete o ciclo da cultura; o plantio estará cada vez mais tardio propiciando o aumento das doenças fúngicas como a ferrugem asiática; a TPP (tensão pré-plantio) será cada vez mais intensa e longa.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Nepotismo Musical

filha


mãe

Ouvindo Maria Rita lembrei-me do tema da moda: Nepotismo. A palavra, que vem do latim, significa neto ou descendente e é o termo utilizado para adjetivar o favorecimento de parentes que acaba prejudicando pessoas mais qualificadas nos cargos e funções.

Voltando ao passado, nos tempos em que a Igreja tinha poderes de Estado, usava-se a palavra sob as relações do papa com seus parentes, mas atualmente a mesma é utilizada para os privilégios cedidos ao parentesco no funcionalismo público, que apenas em 2007 foram definitivamente proibidos pelo Tribunal de Justiça.
Temos como exemplos de adeptos da prática políticos como Napoleão Bonaparte na França, que tinha três irmãos como reis e Getúlio Viana em Primavera do Leste. Acredito que o pior e mais injusto dos nepotismos seja o público pois quem paga pelos altos salários e custos da incompetência somos todos nós, os não pertencentes à árvore genealógica.

As grandes corporações proíbem o nepotismo no setor privado, mas ainda existem empresas que privilegiam pessoas justificando que é questão de confiabilidade. Sabemos que as empresas familiares têm sido drasticamente reduzidas porque o profissionalismo e as relações familiares costumam não ser condizentes e hoje se questiona o emprego de parentes como atitude anti-ética e irracional. Há quem diga que o Nepotismo é instintivo, uma maneira de seleção familiar e, seguindo essa linha de pensamento, podemos designá-lo como irracionalíssimo, já que todo instinto é sinônimo de ausência de racionalidade.

Já estava me esquecendo da Maria Rita. A grande cantora é filha de Elis Regina e diz não gostar de comparações embora seja nítida a vontade de igualar-se à mãe. Digo isso pois a mesma utiliza os mesmos cacoetes de voz e preocupa-se muito em “cantar com emoção” , assim como a finada, que nos comovia a cada canção. Dessa forma, classifico também como nepotismo a fama advinda de parentes como ocorre no caso de Wanessa Camargo embora nesse caso não possamos utilizar o adjetivo cantora nem tampouco grande.

Para deleite e inevitáveis comparações vídeos das duas monstras intérpretes:
mãe

filha