segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Eu matei: e agora?












Para quem não gosta, ou não entende as piadas de Woody Allen, ou até mesmo para quem o venera, sugiro O Sonho de Cassandra (2007). Nesse filme, Woody está dramático e transfere para um dos personagens os sentimentos de Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem estudante que comete um assassinato e se vê perseguido por sua incapacidade de continuar sua vida após o delito.

Tanto Terry, personagem interpretado por Colin Farrel no filme de Allen como Ródion, como o russo de Fiódor Dostoievski no livro Crime e Castigo (1866), são jovens ambiciosos que desejam ganhar dinheiro e realizar grandes façanhas para se tornarem “alguém”. Mas ambos possuem grandes diferenças, principalmente na maneira que seus mentores os criam.

O assassino de Dostoievski é um filósofo que divide o homem em ordinário e extraordinário, numa tentativa de explicar a quebra das regras em prol do avanço humano, diferentemente de Teery, que sob influência de seu irmão, o ambicioso Ian, personagem interpretado pó Ewan McGregor, comete o crime motivado por dinheiro, já que o mesmo encontra-se muito endividado devido ao seu vício em apostas.

Ródion decide que assassinar um agiota significa fazer algo que mude a sociedade ou em prol dela e tem sua crise de consciência aflorada pois, durante a execução do crime, acaba sendo obrigado a matar a irmã de sua vítima. Já Teery acaba sendo influênciado a participar do homicídio pelos laços familiares, já que ele deseja se livrar de sua dívida, auxiliar seu irmão a realizar seus sonhos e impedir que seu tio vá para a cadeia.

Em relação ao desejo de se entregar para amenizar as crises de consciência, as diferenças são tamanhas: o moderno Terry decide se entregar e apenas não o faz por acreditar que deve convencer seu irmão a fazer o mesmo. Já o russo, que também se encontrava impune apenas se entrega quando a polícia prende um inocente (que por motivos pessoais se declara culpado).

Os desfechos são distintos assim como os cunhos literários. Enquanto Fiodor deseja denvendar o inconsciente e as crises psicológicas de valores e moral, Woody trata o assunto de forma leve, no ritmo de suas comédias. Deixa a desejar em sua característica de frases de efeito mas surpreende com a tragédia que surpreendentemente encerra a estória.

Ambos são indicados por esta Oficina.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Pela Liberdade

Mais de 13.000 pessoas “desapareceram” durante a ditadura militar, somando-se aos mortos, presos, exilados e torturados é bastante esforço pela liberdade para ser descartado por alguém na atualidade. Mas é o que tem acontecido. Assistimos a preconceitos de toda forma, contra o homossexual, o portador de HIV, as mulheres independentes e a oposição política.

Ainda existem ameaças, espancamentos, servidores afastados e transferidos na atualidade, todos eles acreditaram no direito à liberdade de expressão. O coronelismo reina em algumas prefeituras e os “donos” das cidades ainda usam seus funcionários como curral eleitoral, seguindo os passos dos cafeicultores de tempos remotos neste país.

Em busca da democracia eu tenho participado da campanha para as eleições municipais. Meu candidato é Eraldo Fortes, cidadão de origem humilde que concluiu seu curso em Administração pela UFMT através das turmas especiais, convênio que foi abolido pelo atual gestor de Primavera do Leste, candidato à reeleição. Meu candidato está concluindo o curso de Direito em busca de constante aperfeiçoamento e foi bastante ousado e corajoso aceitando a candidatura, mesmo não possuindo os recursos necessários para tanto.

Este ato nos trouxe de novo a esperança já que não teríamos a opção democrática do voto, seríamos obrigados a aceitar uma candidatura única imposta pelo poder dominante. Em apelo à educação, ao respeito e à democracia, peço aos meus amigos um voto de confiança em Eraldo, que para mim representa o diálogo e a manutenção dos princípios constitucionais e democráticos. Não defendo seus projetos nesta mensagem, pois argumento a respeito da manutenção dos princípios, a base do restante para o desenvolvimento de políticas públicas.