sexta-feira, 19 de setembro de 2008

mutante

Aos leitores imaginários peço desculpas elucubradas pela minha ausência. Enquanto aguardo ansiosamente o caminhão de móveis e transpiro como uma escrava as 7:30 h, lembro-me de como era feliz e não sabia ao reclamar da prestação de serviços em Primavera do Leste. Lembro-me também de um antigo ditado que dizia que nunca se deve pagar adiantado pelos serviços e da falta que faz um homem para resolver essas petecas cotidianas.

Pois é, acredito que em breve substituirei a bandeira de Primavera pela cuiabana. Difícil de acreditar que a garota que jurou que nunca mais moraria na capital do estado voltar por livre e espontânea vontade, não? Incrível também estar recebendo meu diploma de administradora em novembro e decidir trabalhar com meio ambiente e me tornar caloura de novo.
Tenho questionado bastante minhas atitudes e decisões. Acho que estou na crise dos 30 aos 26, o que pode ocorrer considerando-se que cada organismo biológico é distinto e tem seu próprio tempo. Semana passada, setembro de 2008, na estrada, uma garota de 26 anos guiando um veiculo de 1984, vestida com roupas na década de 70 e ouvindo música do século passado, pensava a respeito de sua vida adulta. A possibilidade de reiniciar sua carreira em uma estranha cidade e a quase convicção de que não mais constituirá família a fez sentir-se estranha, e foi ai que ela decidiu mudar-se, pois percebeu que mais estranha ainda era essa figura na perfeita cidade das bailarinas loiras filhas de produtores e perfeitas esposas primaverenses.
Leitores, em breve voltarei a publicar e espero que esta transição toda que inclui não só a mudança de cidade mas problemas sérios de saúde familiar, entre outros, me inspirem a escrever cada vez mais e melhor.