sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Alice Ruiz

Hoje em dia me sinto personagem de Alice Ruiz. Não é a toa que em meu orkut haja o poema da mulher que se tocou, mais ou menos como aquela essa mulher do Arnaldo Antunes que conheceu o sabonete.

Há tempos tenho tentado me bastar, mas é difícil. A carência e demais problemas sempre me motivaram a buscar em outras coisas ou pessoas a a ineficácia do meu ser. Namoros, trabalho, cigarros, discos, poemas, crônicas, blog, war, amigos, política e livros, principalmente estes os quais podemos personificar.

Quero sentir-me bem de forma que o mundo desande e eu permaneça como um pilar solitário após um furacão. Sem coisas, apenas eu. E se as coisas houverem, que sejam apenas coisas.

"sou uma moça polida, levando uma vida lascada
cada instante pinta um grilo por cima da minha sacada"
Alice Ruiz
"Era uma vez
uma mulher que
via um futuro grandioso
para cada homem que a tocava.
Um dia ela se tocou"
Alice Ruiz

3 comentários:

Fernando Malheiros Dal Berto disse...

Confessar a busca de se bastar é um ato de coragem... Seja tolice se pensar divisível do todo ou seja isto uma possibilidade... Aqui você já se bastou, ainda que o teu eu na escrita tenha passado a existir quando mais alguém te leu. Espero sinceramente que você continue a busca e os encontros.
Ps: Duvido que haja algum ser humano 'ineficaz' e você por certo não é.

Dayani Guero disse...

Oi Fer,

Vou incluir um adjetivo após a palavra ser....Realmente vc tem razão.

Bjos

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e