quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tempo IV

Olá Imaginários,

Nesse espaço democrático, ainda a respeito da temática Tempo, segue contribuição do amigo Adilson:

Mutantes

O corpo humano é incrível, funciona perfeitamente onde tudo é interligado, com todas as células, órgãos, nervos, músculos e neurônios dependentes uns dos outros. É realmente uma máquina, uma engrenagem que opera numa harmonia impressionante. Considero, porém, a mente humana a parte mais fantástica, não no aspecto físico da coisa, mas sim do consciente ou inconsciente, o abstrato.

Aprendemos em biologia, que somos seres mutantes, onde a cada instante temos células nascendo e morrendo, uma batalha ininterrupta, onde nosso corpo muda e desenvolve, onde se explica a famosa seqüência de acontecimentos: nascer, crescer e morrer.

Acontece que além dessa mutação, existem outras, e é nessa parte que entra a parte da mente que me encanta. O Ser Humano é incrível, aprende-se errando, e muitas vezes acerta-se com o erro. Sempre achamos que já fomos felizes o suficiente, que choramos tudo que podíamos, que sofremos o bastante. Contudo, aprendi que ter essas certezas é um grande problema, e que elas servem apenas para um propósito, de nos avisarmos, como um sinal de alerta, de que algo está errado. E é nesse momento que a nossa vida toma um rumo totalmente diferente daquilo que estávamos acostumados. Inicia-se aí uma nova mutação.

Revemos conceitos e preconceitos, abrimos os olhos para coisas que não dávamos importância ou que simplesmente passavam despercebidas. Rimos de novas piadas ou de situações antes nunca vividas, nos tornamos mais sensíveis e ao mesmo tempo mais frios. Colocamos família e amigos em primeiro plano, quando antes ficavam apenas com as sobras, já que a maioria do tempo era dedicado a algo de mais “valor”.

E isso tudo é uma maravilha, mostra que somos capazes de ser mais do que já fomos, e que apenas o Tempo é o limite para aprendermos novas manias, costumes, sentimentos, culturas, sabores, amores, paixões. Enfim somos Mutantes, ainda bem.


Adilson De Carli

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